Ah, por falta de força!... Nos últimos dias do ano eu só queria ser forte, forte, muito forte, bem forte, com toda a força e toda a coragem para suportar. Forte pra não me deixar abater, forte para caminhar de cabeça erguida, forte para achar todas as respostas, forte para dar todas as explicações, forte para encontrar todas as justificativas, forte para ver todos os motivos. Forte para não chorar, forte para não capitular, forte para não esmorecer, forte para não cair, forte para não pirar, forte para não sofrer, forte muito forte para manter tudo sob controle, forte para segurar as pontas, forte para proteger quem precisa, forte para aceitar, forte para compreender, forte para ajudar, forte, muito forte. Forte para não duvidar, forte para não entristecer, forte para não desabar, forte para não rebentar, forte para não me revoltar, forte para não enraivecer, forte para não me descontrolar, forte para não sentir o que nem eu mesmo sei o que é. Mas então enfraqueci. Porque eu sempre soube (a gente sempre sabe) que dessa vez não dava. E estou eu aqui, temporariamente incapacitado de ser forte, precisando de descanso, ajuda, carinho, ternura, sono, evitando pensar. Porque é isso. Às vezes ser fraco é melhor que ser forte. Muito melhor. Porque é o que a gente é e é o que a gente precisa ser. No momento, estou quieto e seguro. Se eu sumir um pouco, como agora, não se assustem. Eu volto, sempre volto.
sexta-feira, 18 de janeiro de 2008
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