Patricia Highsmith estava passeando em uma praia da Itália quando viu um cara com jeitão solitário caminhando na areia. Ela ficou pensando o que ele estaria fazendo ali e porque estaria sozinho. Quando voltou pra casa ficou com isso na cabeça e começou a escrever a primeira aventura do seu inigulável e charmoso anti-herói. O romance fluia rapidamente e mais tarde ela comentaria "Frequentemente tive a sensação de que Ripley escrevia e eu datilografava."
Tom Ripley é o arquétipo do anti-herói que odiamos amar e amamos odiar. Maldoso, falsário, homicida e em alguns momentos patético, Ripley se assemelha muito a uma raposa – porém, acabamos levando em conta a maneira inteligente como ele se safa de situações complicadas, sua aparente fragilidade e também sua deliciosa dissimulação. O leitor se apaixona pela riqueza psicológica e a tênue frieza que Highsmith embutiu em seu mais célebre personagem – algo parecido com o que Thomas Harris fez com o seu Hannibal Lecter.
Ao contrário de Lecter, Ripley é mais humano e seus crimes acontecem quase sempre por acidente. As vítimas geralmente sentem-se seguras perto dele. As passagens dos assassinatos são como espirais de tensão e suspense, que culminam em um Ripley acuado tentando limpar uma sujeira. E diferentemente de Lecter, Ripley às vezes costuma amargar a famigerada culpa ou arrependimento, algo inerente ao ser humano com consciência. Mas Ripley sempre justifica em pensamentos os seus atos, abstendo-se da responsabilidade. É o típico “antes ele do que eu”.
Ripley tem sua opção sexual insinuada em diversos pontos da trama, mas jamais discutida abertamente. Isso vem a tona em apenas um capítulo de “O Talentoso Ripley”, quando Tom briga com Dickie Greenleaf e expõe seus sentimentos em relação a ele. Patrícia buscou inspiração para o assunto em sua vida pessoal, coisa que já foi comentada anteriormente.
Quando o conhecemos em “O Talentoso Ripley”, Tom é apenas um pequeno golpista que sobrevive em Nova Iorque. Ignora a compaixão humana – o que explica sua frieza - oscilando entre o ambiente ao qual pertence (o submundo) e onde gostaria de estar (altos nichos sociais). Sua capacidade de imitar e trapacear pelo óbvio, não emerge aos inocentes olhos da maioria das pessoas.
A grande virada se dá quando é procurado por um empresário milionário. Ele supõe existir uma amizade entre Tom e seu filho, Dickie Greenleaf - herdeiro de um império naval. Tom Ripley embarca para a deliciosa Itália com a missão resgatar o filho que teima em não ser pródigo. Ao chegar lá conhece a boa vida ao lado de Dickie, tornam-se amigos inseparáveis. Mas quando Tom percebe que a suas férias estão para acabar, arma um plano para permanecer; assumindo a identidade de Dickie.
Em “Ripley Subterrâneo”, Tom mora na França e cerca de dez anos se passaram. Está casado com a bela e temperamental Heloise, levando a vida que sempre quis e ganhando lucros através de uma renomada galeria de arte. O principal pintor, Derwatt, se suicidou há algum tempo e os sócios de Ripley encobriram a morte, continuando a vender quadros falsificados. Quando um colecionador descobre a farsa, Ripley terá de arregaçar as mangas e colocar seus talentos em prática novamente.
No terceiro livro da série, “O Jogo de Ripley” nosso herói sem caráter arma uma vingança contra um americano que está a beira da morte, fazendo-o cometer assassinatos. Um dos melhores livros da série. Já em “Ripley Debaixo D´Água”, Tom tem de encobrir alguns crimes do passado, viajando elegantemente pela Europa.
Ao contrário de Lecter, Ripley é mais humano e seus crimes acontecem quase sempre por acidente. As vítimas geralmente sentem-se seguras perto dele. As passagens dos assassinatos são como espirais de tensão e suspense, que culminam em um Ripley acuado tentando limpar uma sujeira. E diferentemente de Lecter, Ripley às vezes costuma amargar a famigerada culpa ou arrependimento, algo inerente ao ser humano com consciência. Mas Ripley sempre justifica em pensamentos os seus atos, abstendo-se da responsabilidade. É o típico “antes ele do que eu”.
Ripley tem sua opção sexual insinuada em diversos pontos da trama, mas jamais discutida abertamente. Isso vem a tona em apenas um capítulo de “O Talentoso Ripley”, quando Tom briga com Dickie Greenleaf e expõe seus sentimentos em relação a ele. Patrícia buscou inspiração para o assunto em sua vida pessoal, coisa que já foi comentada anteriormente.
Quando o conhecemos em “O Talentoso Ripley”, Tom é apenas um pequeno golpista que sobrevive em Nova Iorque. Ignora a compaixão humana – o que explica sua frieza - oscilando entre o ambiente ao qual pertence (o submundo) e onde gostaria de estar (altos nichos sociais). Sua capacidade de imitar e trapacear pelo óbvio, não emerge aos inocentes olhos da maioria das pessoas.
A grande virada se dá quando é procurado por um empresário milionário. Ele supõe existir uma amizade entre Tom e seu filho, Dickie Greenleaf - herdeiro de um império naval. Tom Ripley embarca para a deliciosa Itália com a missão resgatar o filho que teima em não ser pródigo. Ao chegar lá conhece a boa vida ao lado de Dickie, tornam-se amigos inseparáveis. Mas quando Tom percebe que a suas férias estão para acabar, arma um plano para permanecer; assumindo a identidade de Dickie.
Em “Ripley Subterrâneo”, Tom mora na França e cerca de dez anos se passaram. Está casado com a bela e temperamental Heloise, levando a vida que sempre quis e ganhando lucros através de uma renomada galeria de arte. O principal pintor, Derwatt, se suicidou há algum tempo e os sócios de Ripley encobriram a morte, continuando a vender quadros falsificados. Quando um colecionador descobre a farsa, Ripley terá de arregaçar as mangas e colocar seus talentos em prática novamente.
No terceiro livro da série, “O Jogo de Ripley” nosso herói sem caráter arma uma vingança contra um americano que está a beira da morte, fazendo-o cometer assassinatos. Um dos melhores livros da série. Já em “Ripley Debaixo D´Água”, Tom tem de encobrir alguns crimes do passado, viajando elegantemente pela Europa.
Leia os livros e ou veja os filmes. São igualmente fascinantes.
3 comentários:
Há filmes de todos esses livros?
N�o sei te dizer se todos foram filmados, mas eu j� vi o Talentoso Ripley, Os jogos de Ripley e Ripley subterr�neo! �ooooooootemos!
Eu vi o Talentoso Ripley.Gostei muito na época, mas não me reecorodo mais de tudo... Não sabia que havia outros filmes sobre ele. Vou procurar assistir.
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