Por vezes, na história da literatura, surgem criaturas de uma fecundade extraordinária, forças da natureza, capazes de criar obras-prima em série, sem todavia esgotar sua absurda criatividade. Uma dessas criaturas foi Honoré de Balzac, que nasceu no dia 20 de maio 1799, para ser a fábrica de livros ambulante que deu origem à monumental Comédia Humana.
Desde de pequeno, Balzac acalentava dois sonhos: ser rico e ser um gênio. Envergonhado de sua plebéia ascendência familiar, inventou um "de" para seu nome, com o propósito de tornar seu sangue aristocrático. Armado assim de nobreza, ingenuamente, ele pensava que todas as portas se lhe abririam. Mas é claro que não se abriram.
O começo foi bastante difícil. Quando decidiu trocar a recém inicada carreira de advogado pela literatura, foi despresado pelos pais e ridicularizado pelos amigos. Sentiu-se tão desamparado e só que quase desistiu. Mas foi então que dois encontros devolveram-lhe o ânimo: o primeiro com a obra de Sir Walter Scott (que seria seu modelo), o segundo com Laure Berny, a bela aristocráta, 22 anos mais velha, que primeiro reconheceu seu gênio, e de quem tounou-se amante. Depois ela se tornaria na linda Madame Mortsauf do romance "O Lírio dos Vales".
Balzac encontrava inspiração em tudo o que vivia, em todos os que conhecia, e de tal modo era capaz de vasculhar a alma alheia que nenhum sentimento, desejo, virtude, vício ou perversão era esquecido em seus textos. Talvez isso explique a fonte de sua lendária inventividade, bem como o sentido do título de sua obra - A Comédia Humana.
Entretanto, escrever uma novela constituída de mais de 90 volumes e centenas de personagens, não é tarefa fácil, nem mesmo para alguém dotado de uma imaginação monstruosa. Com efeito, tanto quanto Dickens e Flaubert, Balzac foi possuido e destruido pela literatura - que não consumiu sua imaginação, mas sua saúde. Sempre afundado em dívidas, escrevia em verdadeiro desvario, as vezes dormindo duas horas por noite, encharcando-se de café. Sujeito a alucinações auditivas e visuais, ele fez reviver a antiga associação entre genialidade e loucura.
Assim, aos 51 anos, exaurido, doente e longe da riqueza que desejava, Balzac se acabou e morreu. Todavia deixando a maior descrição que alguém já faz da alma do homem.
Desde de pequeno, Balzac acalentava dois sonhos: ser rico e ser um gênio. Envergonhado de sua plebéia ascendência familiar, inventou um "de" para seu nome, com o propósito de tornar seu sangue aristocrático. Armado assim de nobreza, ingenuamente, ele pensava que todas as portas se lhe abririam. Mas é claro que não se abriram.
O começo foi bastante difícil. Quando decidiu trocar a recém inicada carreira de advogado pela literatura, foi despresado pelos pais e ridicularizado pelos amigos. Sentiu-se tão desamparado e só que quase desistiu. Mas foi então que dois encontros devolveram-lhe o ânimo: o primeiro com a obra de Sir Walter Scott (que seria seu modelo), o segundo com Laure Berny, a bela aristocráta, 22 anos mais velha, que primeiro reconheceu seu gênio, e de quem tounou-se amante. Depois ela se tornaria na linda Madame Mortsauf do romance "O Lírio dos Vales".
Balzac encontrava inspiração em tudo o que vivia, em todos os que conhecia, e de tal modo era capaz de vasculhar a alma alheia que nenhum sentimento, desejo, virtude, vício ou perversão era esquecido em seus textos. Talvez isso explique a fonte de sua lendária inventividade, bem como o sentido do título de sua obra - A Comédia Humana.
Entretanto, escrever uma novela constituída de mais de 90 volumes e centenas de personagens, não é tarefa fácil, nem mesmo para alguém dotado de uma imaginação monstruosa. Com efeito, tanto quanto Dickens e Flaubert, Balzac foi possuido e destruido pela literatura - que não consumiu sua imaginação, mas sua saúde. Sempre afundado em dívidas, escrevia em verdadeiro desvario, as vezes dormindo duas horas por noite, encharcando-se de café. Sujeito a alucinações auditivas e visuais, ele fez reviver a antiga associação entre genialidade e loucura.
Assim, aos 51 anos, exaurido, doente e longe da riqueza que desejava, Balzac se acabou e morreu. Todavia deixando a maior descrição que alguém já faz da alma do homem.
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