Por acaso alguém sabe o que há de comum entre Lao Tsé e Laura Bush? Jorge Luis Borges e Mike Tyson? Mao Tse-Tung e Stephen King? Marcel Proust e o herege Atanásio? Giacommo Casanova e o Papa Nicolau V? Os irmãos Grymm e a Batgirl? Bud Spenser e Santa Matilda de Hackeborn?...
Resposta: Por algum tempo, em suas vidas, eles foram bibliotecários!
Uma coletânea tão díspare quanto incrível, mostra o quão sagrado e profano, sublime e ridículo pode ser o vestuto ofício de guardar livros. O mais irônico de tudo é saber que nenhum deles se tornou célebre por causa desse serviço. A fama não veio por um dia terem catalogado ou ordenado secções, nem pelas sugestões de leitura, e tampouco pelos empréstimos, devoluções, reservas ou renovações. Fizeram-se famosos por cantar, dançar, pintar, fazer política, brigar, escrever, rezar ou simplesmente por estarem casados com quem estavam casados. Ninguém jamais cogitou que um deles, em algum momento, assim como eu, espirraram com a poeira de livros, se irritaram com o barulho de adolescentes espinhentos fazendo pesquisas escolares, ou se desencataram ao ver suas salas de leituras inteiramente vazias.
Muitos são os chamados, poucos os escolhidos!
Não obstante, para melhores informações acerca destes ilustres livreiros, iriei presenteá-los com a minha "Hagiografia Bibliotecária", a legenda áurea dos bibliotecários que são famosos, mas por outra coisa. Quem sabe um dia não estarei incluído?
Aguardem!
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