A África subsahariana entrou no imaginário do romance moderno na época colonial, mas foi especialmente com as obras da escritora Karen Blixen que o imginário deu lugar à realidade. Nascida no finalzinho dessa época, mas precisamente no dia 17 de abril, ela despontou como a única mediadora perfeitamente credível do mundo africano, pois viveu lá, e inaugurou um estilo próprio que inspiraria grandes nomes, como Ernest Heminway.
Usando a linguagem do modernismo europeu autobiográfico, a escrita de Karen Blixen não é crítica nem cúmplice, mas um produto representativo da contemplação intuitiva, típica do intelectual ocidental dos anos 30. A mistura do esteticismo analítico com o sensualismo realista faz uma leitura emocionante do real africano, ao mesmo tempo concreta e sensitiva.
Mas nem só de aventuras africanas contitui-se a obra de Blixen. Sendo uma contista de mão cheia, ela ficou conhecida como a Scheherazade nórdica, e como tal foi intronizada entre Virginia Woolf e Katherine Mansfield como umas das grandes mestras da narrativa curta.
E para nossa sorte, a maravilhosa editora CosacNaify publicou recentemente a coletânea "Anedotas do Destino", um livro mágico, onde ela mistura lendas nórdicas e Shakespeare, a Bíblia e o Corão, a Escandinávia, a Pérsia e a China, mostrando todo o poder e beleza de sua narrativa.
Simplesmente indispensável.
2 comentários:
Você nem me deu tempo de procurar os outros livros e já vem com mais! Assim eu não acompanho, e já começo a confundir os nomes de um com outro, já viu.
Seu blog está cheio de conteúdo, hein? Meus parabéns!
Sabia que valeria a pena.
blog.
pena que no momento ando com problemas d econexao.
so entro para postar no meu blog e nos meus flogs.
mas vou pegar sempre um tempinho para os blogs que sto nos indicando la na comuna.
oarabens CRIS e
tudo de maravilhoso ..
pesquise sobre o CARNEIRO VILLELA!
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