Como é do conhecimento de todos, Deus, já há algum tempo, foi solenemente instado a se retirar do quadro de referências da moderna cultura ocidental. Com efeito, e desde então, o ditame imperativo da intelectualidade laica, segundo o consenso dos que ainda são aptos a discernir, é o imanentismo radical, isto é, a rejeição de um sentido transcendente da existência e a total circunscrição das experiências humanas ao reino deste mundo - tão vasto, largo e profundo quanto o nosso próprio umbigo. Porém, embora esteja na moda, ou ditando moda, o imanentismo radical só é novo mesmo em sua radicalidade, visto que antes já existia como harmonioso contraponto à noção - agora segregada e tolhida - de transcendência. Na literatura, a tensão permanente entre esses dois pólos foi sempre o fator preponderante para criação daquilo que se convencionou chamar de obra-prima, clássica ou canônica, onde o leitor desavisado, mas sempre fascinado, deparava-se com seus próprios pensamentos, atos e palavras que, no momento sublime da leitura, eram-lhe restituídos com majestosa beleza e iniludível verdade. Não obstante, uma vez que excluiriam Deus, logo evanesceram os atributos artísticos de beleza e verdade!... E a cultura ocidental, particularmente a literatura, de imediato resvalou na tautologia da “arte pela arte”, que começa e termina em si mesma, num intimismo quase autista. Muitas são as conseqüências deste fenômeno, sendo mais evidente a abolição da Autoria. Não falo do direito autoral, mas da “autorictas” (a autoridade e alteridade) do autor, que agora já não responde pelo amontoado de palavras que contextualizou sem nada dizer, e pelo leitor que, do outro extremo da anarquia, reivindica o direito absoluto de ele mesmo atribuir, ou não, algum significado - contentando-se por vezes com a recitação masturbatória de impressionismos ruidosos e ocos. Som e fúria!... O que caracteriza, portanto, a literatura moderna como um todo (salvo preciosas exceções) é a perda dessa dialética tensional e, sobretudo, a extinção da boa cumplicidade entre escritor e leitor na geração responsável da significação do texto – daí tantos clássicos ininteligíveis de um lado e tantos best-sellers descartáveis de outro. É verdade que Joyce quis encontrar uma via média, mas, ao limitar (kantianamente) as possibilidades de conhecimento aos fenômenos sensíveis e às formas vazias de intelecção, reduzindo tudo a um subjetivismo tirânico, criou a forma mais requintada e letal de imanentismo moderno: a “Egofania”. Depois disto a literatura perdeu, juntamente com o referencial de Deus, o direito a significação própria, tornando-se refém das mais estapafúrdias teorias literárias - perante as quais já não existe autor, discurso, enredo, texto, referência ou significado, mas quando muito um leitor que, arrogante e cego, tenta inteligir formas que não representam nada mais que o desdobramento hipotético de sinais semânticos num pedaço de papel. Isso acontece porque a face de Deus em direção à qual o sinal semântico se voltou para ser legitimado foi nublada pelo solipsismo luciferino de autores-leitores vaidosíssimos e, por isso mesmo, deficientes. E tal deficiência não é outra coisa senão essa lamentável insensibilidade à transcendência. Pergunto-me que moderna teoria literária pode colaborar minimamente para a compreensão da estrutura teológica do "Paraíso Perdido" de Milton? Qual delas pode explicar, sem rodeios semióticos, as gradações de luz por meio da qual Beatriz se aproxima de Dante no canto XXX do "Purgatório"? Ou mais recentemente, qual a lógica do desejo metafísico que, para além de sofismas psicanalíticos, move e comove os personagens de Dostoievski, de Proust, de Guimarães Rosa ou de Flannery O’Connor? A grande arte, seja em seu aspecto afirmativo ou negativo, é religiosa. Tanto Ésquilo ou Cervantes, Tolstoi ou Comac MacCarthy são escritores cuja genialidade está nas mãos de um Deus vivo - que todavia poucos conseguem inteligir. Para eles, assim como para Kierkegaard, a existência humana, mesmo numa representação ficcional e artística é “Ou\ou”. Aqui cumpre dizer que a melhor definição moderna de representação artística é aquela que a qualifica como formas de literatura, pintura e música nas quais já não se tem mais a experiência de Deus como inspirador, predecessor, competidor ou mesmo antagonista da noite escura da criação (como a de São João da Cruz, que é a longa noite de todos os poetas verdadeiros). Contrariamente, em escritores-leitores da moda, que convencidos pelo sofisma de Protágoras (velho adversário de Platão) para quem o homem é a medida de todas as coisas, a arte é um monólogo do tipo “shadow-boxing” – uma briga com a própria sombra – que pode ser encenado na música atonal ou aleatória, na arte abstrata ou não-representativa, em certas formas de escrita dadaísta, surrealista, automática ou concreta. O referencial será sempre Eu. Portanto, decifra-me ou te ignoro. Eis aqui o diagnóstico da nossa cegueira. E para completar e agravar o estado de trevas tenebras desse imanentismo umbilical, concorrem sempre as novas teorias literárias. Sim, pois o carnaval relativista e as orgias egofânicas do pós-estruturalismo, da jouissance de Barthes, das psicologices de Lacan, das elucubrações “sofisticadas” de Derrida, de Saussure e Foucault, do desconstrucionismo e de todas aquelas, enfim, que ocupam o espaço inteiro do ensino acadêmico nestes tempos de cegueira - são doenças espirituais, obsessões que nos encerram hipnoticamente no fascínio de uma resposta ao mesmo tempo que apagam o quadro de referências que dá sentido à pergunta. Por isso, e só por isso, o Artista Criador Soberano se ausentou. Mas grande parte do público também.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Da Ausência como Cegueira e Incompreensão
Como é do conhecimento de todos, Deus, já há algum tempo, foi solenemente instado a se retirar do quadro de referências da moderna cultura ocidental. Com efeito, e desde então, o ditame imperativo da intelectualidade laica, segundo o consenso dos que ainda são aptos a discernir, é o imanentismo radical, isto é, a rejeição de um sentido transcendente da existência e a total circunscrição das experiências humanas ao reino deste mundo - tão vasto, largo e profundo quanto o nosso próprio umbigo. Porém, embora esteja na moda, ou ditando moda, o imanentismo radical só é novo mesmo em sua radicalidade, visto que antes já existia como harmonioso contraponto à noção - agora segregada e tolhida - de transcendência. Na literatura, a tensão permanente entre esses dois pólos foi sempre o fator preponderante para criação daquilo que se convencionou chamar de obra-prima, clássica ou canônica, onde o leitor desavisado, mas sempre fascinado, deparava-se com seus próprios pensamentos, atos e palavras que, no momento sublime da leitura, eram-lhe restituídos com majestosa beleza e iniludível verdade. Não obstante, uma vez que excluiriam Deus, logo evanesceram os atributos artísticos de beleza e verdade!... E a cultura ocidental, particularmente a literatura, de imediato resvalou na tautologia da “arte pela arte”, que começa e termina em si mesma, num intimismo quase autista. Muitas são as conseqüências deste fenômeno, sendo mais evidente a abolição da Autoria. Não falo do direito autoral, mas da “autorictas” (a autoridade e alteridade) do autor, que agora já não responde pelo amontoado de palavras que contextualizou sem nada dizer, e pelo leitor que, do outro extremo da anarquia, reivindica o direito absoluto de ele mesmo atribuir, ou não, algum significado - contentando-se por vezes com a recitação masturbatória de impressionismos ruidosos e ocos. Som e fúria!... O que caracteriza, portanto, a literatura moderna como um todo (salvo preciosas exceções) é a perda dessa dialética tensional e, sobretudo, a extinção da boa cumplicidade entre escritor e leitor na geração responsável da significação do texto – daí tantos clássicos ininteligíveis de um lado e tantos best-sellers descartáveis de outro. É verdade que Joyce quis encontrar uma via média, mas, ao limitar (kantianamente) as possibilidades de conhecimento aos fenômenos sensíveis e às formas vazias de intelecção, reduzindo tudo a um subjetivismo tirânico, criou a forma mais requintada e letal de imanentismo moderno: a “Egofania”. Depois disto a literatura perdeu, juntamente com o referencial de Deus, o direito a significação própria, tornando-se refém das mais estapafúrdias teorias literárias - perante as quais já não existe autor, discurso, enredo, texto, referência ou significado, mas quando muito um leitor que, arrogante e cego, tenta inteligir formas que não representam nada mais que o desdobramento hipotético de sinais semânticos num pedaço de papel. Isso acontece porque a face de Deus em direção à qual o sinal semântico se voltou para ser legitimado foi nublada pelo solipsismo luciferino de autores-leitores vaidosíssimos e, por isso mesmo, deficientes. E tal deficiência não é outra coisa senão essa lamentável insensibilidade à transcendência. Pergunto-me que moderna teoria literária pode colaborar minimamente para a compreensão da estrutura teológica do "Paraíso Perdido" de Milton? Qual delas pode explicar, sem rodeios semióticos, as gradações de luz por meio da qual Beatriz se aproxima de Dante no canto XXX do "Purgatório"? Ou mais recentemente, qual a lógica do desejo metafísico que, para além de sofismas psicanalíticos, move e comove os personagens de Dostoievski, de Proust, de Guimarães Rosa ou de Flannery O’Connor? A grande arte, seja em seu aspecto afirmativo ou negativo, é religiosa. Tanto Ésquilo ou Cervantes, Tolstoi ou Comac MacCarthy são escritores cuja genialidade está nas mãos de um Deus vivo - que todavia poucos conseguem inteligir. Para eles, assim como para Kierkegaard, a existência humana, mesmo numa representação ficcional e artística é “Ou\ou”. Aqui cumpre dizer que a melhor definição moderna de representação artística é aquela que a qualifica como formas de literatura, pintura e música nas quais já não se tem mais a experiência de Deus como inspirador, predecessor, competidor ou mesmo antagonista da noite escura da criação (como a de São João da Cruz, que é a longa noite de todos os poetas verdadeiros). Contrariamente, em escritores-leitores da moda, que convencidos pelo sofisma de Protágoras (velho adversário de Platão) para quem o homem é a medida de todas as coisas, a arte é um monólogo do tipo “shadow-boxing” – uma briga com a própria sombra – que pode ser encenado na música atonal ou aleatória, na arte abstrata ou não-representativa, em certas formas de escrita dadaísta, surrealista, automática ou concreta. O referencial será sempre Eu. Portanto, decifra-me ou te ignoro. Eis aqui o diagnóstico da nossa cegueira. E para completar e agravar o estado de trevas tenebras desse imanentismo umbilical, concorrem sempre as novas teorias literárias. Sim, pois o carnaval relativista e as orgias egofânicas do pós-estruturalismo, da jouissance de Barthes, das psicologices de Lacan, das elucubrações “sofisticadas” de Derrida, de Saussure e Foucault, do desconstrucionismo e de todas aquelas, enfim, que ocupam o espaço inteiro do ensino acadêmico nestes tempos de cegueira - são doenças espirituais, obsessões que nos encerram hipnoticamente no fascínio de uma resposta ao mesmo tempo que apagam o quadro de referências que dá sentido à pergunta. Por isso, e só por isso, o Artista Criador Soberano se ausentou. Mas grande parte do público também.
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13 comentários:
O que você chama de D EUS?
Eu chamo de Deus "Aquele que É!..." Diante dessa vigorosa afirmação ontológica, logo conlui-se que a Verdade também é "aquilo que É". Podemos inventar, imaginar, ou deduzir quantas verdades quisermos, somos livres para isso, mas resta saber se nossas verdades inventadas, imaginadas ou deduzidas resistem ao confronto com a experiência, isto é, ao contato com a realidade. Quando não resistem, elas acabam, invariavelmente, revelando seu caráter equivocado e ilusório - pois a ilusão jamais sobrevive à experiência. Por outro lado, a Verdade nunca entra em confronto com a realidade, pois a Verdade - como dizia Santo Agostinho – é que aquilo que "É", ou seja, é a própria realidade. Neste sentido, Deus é colocado como inevitável referencial de transcendência que implica numa radicalidade ontológica que simplesmente não podemos fingir ignorar. Sem essa referência a arte se torna ininteligível, futilmente esotérica ou apenas insignificante.
Sob o referencial da transcendência, a arte realiza-se como interrogação ontológica que pergunta sobre por que existe o Ser e não antes o Nada ? - E desse modo assume uma urgência metafísica, sobretudo na Literatura. Repare que com seu núcleo essencial baseado sobre a predicação e sobre as mais irrefutáveis asserções da existência - quase todos os verbos e nomes implicam com o "É" fundador de forma mais ou menos manifesta - nossas gramáticas tornam difícil, talvez impossível, a possibilidade de se formular uma negatividade ontológica tão concisa ou radical - com efeito, nenhuma vogal tem propriedades semânticas para servir de antônimo a este "É".
Diante deste "É" a literatura reage como um diálogo transcendente. Falamos porque somos chamados a responder (vocalizar, poetisar, escrever), portanto, em sua forma mais essencial, a literatura constitui uma "vocação". Sem vocação não há arte, mas somente um passatempo chique onde exercitamos uma técnica e, ao mesmo tempo, extravasamos nossa vaidade.
Oh, sim! Alguém explicou tudo aquilo que eu sempre achei da arte contemporânea!
Ach oque a arte sem um significado "maior" é apenas decoração, rabisco.
uma vez um artista me disse que a arte não tem função nenhuma, não tem obrigação de nada, e não precisa ter sentido - nem para o autor. Para ele, um borrão que você faz de olhos fechados é arte. Lamentei que exita esse tipo de pensmento e literalmente cortei relações com ele. Acho que o mundo já está infectado demais pela mediocridade e imediatismo.
A Arte tem que mudar algo no observador, tem que elevar algo dentro de nós, tem sim que ser mais que um borrão, um espasmo involuntário, um soluço.
E sem Deus, sem "algo suprior", o que dizer? Sobre o que seria feita a arte? Sobre soluços e espasmos?
Excelente seu texto, parabéns!
Parabéns pelo texto!
Dura lex sed lex!, ou melhor, "dura veritas sed veritas"
Emerson Coelho
A verdade a gente explica ou simplesmente sente? Já busuei respostas no livro santo .Abra a página e lá estava exatamente a minha resposta. Estremeci com a surpresa. Passados dois dias, retornei em busca da resposta. Novamente abri a esmo , e espanto, a mesma resposta com outro apóstolo. Falava da tentação a que Cristo era submetido no deserto. O livro é grosso, com muitas páginas...mas a verdade se fez! Parabéns, Chris!
Elô, isso me lembra uma frase do Saramago que diz: "Se tens olho, vê. Se podes ver, repara!..."
Elô, isso me lembra uma frase do Saramago que diz: "Se tens olho, vê. Se podes ver, repara!..."
isso me faz ver e rever tudo que estamos estudando em Historia da Arte, desde quando a igreja catolica começou usando os artistas para desenharem a historia de deus e fazer o povo acreditar em tudo que eles(da igreja )ditavam.o povo era analfabeto, portanto liam atraves das imagens..ate a tomada de consciencia do artista que começou a perceber o quanto eles "valiam",,,, muito bom....
A Arte tem sentido, só os tapados não conseguem Ver.....
É, de fato, antes dessa Igreja perversa e manipuladora, os artistas, e sequer a arte, tinham valor reconhecido, ou mesmo merecido: um valor sagrado!... No judaismo arte e sagrado eram duas coisas inconciliáveis, um contato proibido, pecaminoso - o Islã permaneceu fiel ao interdito, e não poderia ser de outro modo. Deus só se torna imagem , figura, visível em Cristo! Quem não crê nisso está incapacitado, dogmaticamente e artisticamente, para figurar algo significativo. Só arabescos, rabiscos e garatujas abstratas... ausências!!!
Ah, não esquecer, que foi essa igrejinha interesseira que investiu (de forma cara, muito cara) em talentos geniais que, muito provavelmente, não encontrariam expressão, patrocínio e sequer preservação de suas obras em outro lugar. É a Igreja que faz do artista uma grife! Dá-lhe nome, renome, distinção!... Antes dela, nada disso existia no ocidente e tampouco no oriente. Talvez por isso, e só por isso, essa Igreja imprestável seja detentora do maior acervo artístico que a fé poderia inspirar e pagar! Um acervo que encheu culturas - outrora analfabetas, rudes e toscas - de um orgulho legítimo por aquilo que outras religiões não ousaram empreender.
Uma história da arte muito lastimável, e o resultado está aí, perdura até hoje, por dentro e por fora de inúmeros templos cristãos, todos dignos de implosão. Imploda-os já, e com eles Cimabue, Duccio, Cavallini, Fra Angélico, Giotto, Lorenzetti, Boch, Martini, Van Eyck, Weyden, Fabriano, Pisanello, Grünewald, Dürer, Masaccio, Botticelli, Corregio, Rafael, Leonardo, Michelangelo, Bellini, Ticiano, El Greco, Mantegna, Verrocchio, Tintoretto, Veronese, Bruegel, Caravaggio, Artemísia, Rubens, Rembrand, Velàzquez, Murilo, Vermmeer... ah, falta-me o fôlego, e nem saí do Rococó... Haja dinamite.
PS: Por onde andas, Tamar? I miss you.
Seu blog é excelente. O melhor que eu já li! Parabéns! Não deixe de postar!
Salve Bernardo!
Obrigado por sua visita e também pelo elogio.
NO momneto me preparo para uma viagem um pouco demorada, de modo que o blog ficará adormecido por um tempinho.Mas não muito.
Nos veremos em breve.
Feliz Aniversário:)
Que Iahweh lhe dê muitos anos de vida... ... e de livros
Deixo-lhe como presente uma porção de palavras edficantes:
Mural
"Recolhe do ninho os ovos
a mulher
nem jovem nem velha,
em estado de perfeito uso.
Não vem do sol indeciso
a claridade expandindo-se,
é dela que nasce a luz
de natureza velada,
é seu próprio gosto
em Ter uma família,
amar a aprazível rotina.
Ela nào sabe que sabe,
a rotina perfeita é Deus:
as galinhas porão seus ovos,
ela porá a sua saia,
a árvore a seu tempo
dará suas flores rosadas.
A mulher não sabe que reza:
que nada mude, Senhor."
A.P.
"Nem os que acendem uma candeia a colocam debaixo do alqueire, mas no velador, e assim ilumina a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus."
Mateus Cap.5:15 e 16
" O Senhor por exemplo que sabe e estuda, suponha nem tenha idéia do que seja na verdade - um espelho? Demais, decerto, das noções de física, com que se familiarizou, as leis da óptica. Reporto-me ao trascendente. Tudo, alías, é a ponta de um mistério. inclusive, os fatos. Ou a ausência deles. Dúvida? Quando nada acontece , há um milagre que não estamos vendo." J.G.R.
Não tenho nada contra manifestações de ideias variadas, como ideias conservadoras, mas usar este título do blog O bibliotecário para disseminar ideias religiosas, não soa bem para os profissionais bibliotecários. Eu realmente fiquei ofendido de ver o título de minha profissão vinculado ao seu blog. Dizer que "A grande arte, seja em seu aspecto afirmativo ou negativo, é religiosa" e para completar considerando várias teorias como teorias do "ensino acadêmico nestes tempos de cegueira". São afirmações que não dizem respeito à nossa profissão, que é de iluminar onde há cegueira, a cegueira inclusive da e disseminada pelas religiões. O conhecimento serve inclusive para derrubar mitos que aprisionam a humanidade.
Nestes termos então torna-se ultrajante para minha categoria profissional um indivíduo valer-se do nosso nome para criar um blog com postagens tão conservadoras como esta. Esta não é e nem deve ser a ideia vinculada a nossa profissão.
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