quinta-feira, 12 de abril de 2007

Arte que inspira arte que inspira morte...

Numa noite do ano de 1851, um jovem e desconhecido pintor inglês, chamado Everett Millais, saiu do Teatro Real de Londres absolutamente enfeitiçado pela tragédia shakespeareana que havia acabado de assistir. Por mais de um ano, após esse incidente, ninguém viu ou ouviu falar a seu respeito, apenas que havia se isolado no remoto Condado de Surrey, no sudoeste da Inglaterra, de onde não pretendia mais voltar. Um ano depois, porém, ele voltou e trazia consigo uma pequena obra-prima: "Ophelia"...



Movido pela majestosa poesia de Shakespeare, Millais pintou a namorada suicida de Hamlet, uma princesa levada à loucura e desespero pelo trágico fim de sua família. Mesmo quem desconhecia a personagem não ficava indiferente à cena. Millais tornou-se célebre, e sua tela comoveu sucessivas gerações até servir de inspiração a Virgínia Woolf que, assim como Ophelia, louca e desesperada, tirou a própria vida afogando-se num rio.

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