Um dos temas mais recorrentes na literatura, ou melhor, da existência humana é o beijo, e sua história é tão antiga que perde-se na noite dos tempos. As referências mais antigas aos beijos foram esculpidas por volta de 2.500 a.C. nas paredes dos templos de Khajuraho, na Índia. Os romanos tinham 3 tipos de beijos: o "bascium", trocado entre conhecidos; o "osculum", dado apenas em amigos íntimos; e o "suavium", que era o beijo dos amantes. Mas ao que parece as pessoas se beijam desde o Gigalmesh. Nos épicos de Homero o beijo ocorre com frequência: Ulisses beija Pénelope, Circe e o filho Telêmaco; enquanto Paris beija Helena, que antes beijava Heitor. Na Bíblia não é diferente, Jacó beijou seu pai Isaque; José beijou seus irmãos, seus filhos e e seu pai; Arão beijou Moisés; Moisés beijou seu sogro Jetro; Jacó beijou Raquel, ergueu a voz e chorou, como também deve ter chorado Judas depois de trair Cristo com um beijo.


Foi também com o beijo, embraçado, confuso, apaixonado de Franscesca e Paolo, que Klimt contrubuiu para revolução da pintura moderna. Nele contemplamos a perda do eu, uma perda que todos os enamorados vivenciam. Só os rostos e mãos de Francesca e Paolo estão visíveis, todo o resto é um áureo torvelinho de desejo.

No cinema não faltam casos de beijos famosos. O filme Casablanca emocionou audiências do mundo inteiro com a cena do beijo de despedida que o personagem de Rick (Humphrey Bogart) dá em Ilsa (Ingrid Bergman). "A Um Passo da Eternidade" apresentou uma das cenas mais reconhecidas de beijo da história do cinema: a que ocorre entre as personagens de Burt Lancaster e Deborah Kerr enquanto estão deitados na areia da praia. No filme de animação da Disney, "Lady and the Tramp (A Dama e o Vagabundo)", enquanto os personagens-título comem um espaguete simultaneamente, de lados opostos, seus lábios se encontram no meio. Um clássico!


Beijar faz bem, é poético, romântico, necessário!... Segundo cientistas, beijar estimula nosso cérebro a produzir o oxytocin, um hormônio que nos dá aquela ótima sensação que sentimos quando beijados. Durante um beijo são mobilizados 29 músculos, sendo 17 linguais. Os batimentos cardíacos podem aumentam de 70 para 150, melhorando a oxigenação do sangue, o que mostra que o beijo tem também benefícios para o coração. Mas há um detalhe, no beijo há uma considerável troca de substâncias, 9 miligramas de água, 0,7 decigramas de albumina, 0,8 miligramas de matérias gordurosas, 0,5 miligramas de sais minerais, sem falar em outras 18 substâncias orgânicas, cerca de 250 bactérias, e uma grande quantidade de vírus. Mas não se assuste com esses números, o beijo é ótimo. Além disso, o beijo gasta calorias. Acredita-se que um beijo caprichado consuma cerca de 12 calorias.
O beijo é uma das maiores manifestações de carinho, onde duas pessoas que se gostam podem expressar o mais profundo afeto. É também um termômetro do relacionamento. Não só a ausência do beijo, mas também quando o diálogo na vida a dois começa a diminuir, é sinal de que a relação está se deteriorando e precisa ser reavaliada. O beijo é uma dança, e como, tal deve ter harmonia entre os participantes, você não pode pisar no pé do outro, os movimentos devem ser sincronizados, e quanto mais se conhece um ao outro e maior a intimidade, mais harmonia é alcançada. Portanto, aproveite que hoje é o dia mundial do beijo, se inspire, e demonstre o seu amor através desta que é uma das maiores manifestações de carinho. Beije muuuuuuito.
2 comentários:
Já beijei minha filha, vale? Acho que sim! Mas ando precisando queimar calorias rsrsr Maravilhoso, amigo! Um presente! Ainda mais com os meus cães preferidos se beijando.Coisa mais bonitinha e pura! Obrigada pelos informes sobre beijos. Vim até aqui,confesso, ainda mais porque Cristina comentou na Multicultura sobre a foto de A Dama e o Vagabundo. Não sabia que já estava saindo seu blog , fresquinho do forno.Este é meu terceiro comentário no seu blog. Comecei por outros. Boa sorte e vida longa ao blog! Sucesso! Vou recomendá-lo , certamente!
Pois eu já beijei muito. Hoje mesmo enchi minha sobrinha de beijinhos. Mas, não é destes beijos que estamos falando, né?
Meu beijo preferido no cinema foi o de Holly Golightly (Audrey Hepburn) e Paul Varjak (George Peppard)no fim do filme.
Também é meu terceiro comentário.
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